quarta-feira, 26 de março de 2014

Pensando um pouco sobre saúde e liberdade

A saúde não diz respeito somente aos médicos. É assunto para sociólogos, antropólogos, estudantes de comunicação...O mundo é algo muito complexo mesmo. Por exemplo, a questão do fumo. Diariamente somos bombardeados pela indústria do cigarro, suas propagandas e métodos cada vez mais convincentes.

Por outro lado, mesmo que os impostos sejam uma fonte significativa de renda, existe uma força estatal no sentido de coibir o fumo, de destacar os males causados pelo cigarro. Considero uma proteção para as pessoas que não querem ficar fumando por tabela. Contudo, o perigo está no exagero quando o fumante passa a ser estigmatizado e o conceito negativo que temos sobre o cigarro se transfere para o usuário. E se torna preconceito.

Neste ponto estamos falando de saúde, mas também sobre liberdade. Até que ponto as leis podem dizer o que um indivíduo pode ou não fazer? Vale a pena diminuir a liberdade individual em nome de um suposto bem estar coletivo?

Foram algumas das abstrações que me ocorreram quando li "De volta à polícia médica: os (des)caminhos da vigilância antitabagista", artigo escrito por Luiz Antonio de Castro Santos, que faz parte de  Contrapontos - ensaios sobre saúde e sociedade, lançado em 2013 pela EdUERJ.

Este livro traz reflexões sobre a saúde em diversos recortes temporais da história do Brasil. Aborda temas como os aspectos sanitaristas da Primeira República, questões de saúde da Era Vargas, situações relacionadas aos tratamentos da Hanseníase e a tuberculose, entre outros. Em resumo, reflexões relativas à medicina e à qualidade de vida que remetem a momentos pretéritos ou atuais de nossa sociedade.

Entre os autores estão professores como Lina Faria, Alba Zaluar e o próprio Luiz Antonio de Castro, que também é o organizador.

Um comentário:

  1. Na verdade, somos bombardeados muito mais, hoje em dia, pelas campanhas antitabagistas (quase sempre mal alicerçadas em pesquisas financiadas por institutos de "controle do tabaco" -- como no passado as indústrias do tabaco financiaram pesquisadores nos Estados Unidos, mas não mais o fazem, diante do controle exercido pelo Estado e, sobretudo, por agências e ONG. Agora o perigo é maior por parte das pregações da mídia e das "alianças pelo "controle" -- leia-se eliminação -- dos fumantes.

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