São muitos os caminhos pelos quais a música pode ser
percebida: como arte; como soma de harmonia, melodia e ritmo; ou mesmo como
cultura que se propagou pela herança de diferentes etnias. Contudo, seja qual
for o conceito escolhido para definir música, não podemos ignorar que ela
se constitui de uma série de interações que pode ser explicada pela ciência.
Esse desvendamento é a trilha principal de A física na música, lançamento da EdUERJ com
textos selecionados pelos professores Maria Lúcia Grillo e Luiz Roberto Perez.
Trata-se de uma leitura que torna os fundamentos científicos da música
mais acessíveis ao público em geral.
Por mais diferentes que sejam os intérpretes ou estilos
- clássico ou funk, rock ou valsa, etc - ainda assim, podemos enxergar e destrinchar
o que se ouve sob o prisma da ciência. Justamente para esclarecer os
“ingredientes invisíveis” da música, os organizadores da coletânea selecionaram
(e também escreveram) artigos com temas como acústica, ressonância,
propriedades das ondas sonoras, ouvido musical e musicoterapia. Por
ser uma das mais apaixonantes manifestações culturais do homem, a música
tem tal poder de deslumbramento que, diante dela, poucos se questionam sobre
temas como a representação física de uma nota musical. A Física na música
nos leva por esse terreno.
Os capítulos contêm muitos exemplos práticos, e,
levando em consideração a finalidade educacional da publicação, sugerem
exercícios para fixar o conteúdo. Com uma abordagem teórica
acessível, também são apontadas utilidades pedagógicas para mestres, como
no capítulo 3, escrito por Maria Lucia Grillo, "Uma proposta de utilização
da acústica musical no ensino da física". O resultado é um estudo que
observa o papel da música nos campos da arte e da ciência, sem menosprezar sua
importância social, indicado para estudantes de física e para amantes do som em
um sentido mais amplo.
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