sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Ex-diretores falam dos 20 anos da Editora da Uerj

   A Editora da Uerj está completando duas décadas. O catálogo extenso e os lançamentos que se seguem a cada ano, contemplando diversas áreas do conhecimento, não deixam dúvidas sobre o sucesso da iniciativa. O Logotipo, a coruja, hoje é garantia de uma publicação de qualidade.

   Mas, embora o presente da editora seja radiante, seus primeiros anos foram marcados por dificuldades e pela falta de recursos como conta o professor e ex-reitor, Ivo Barbieri, que participou da fundação em 1994.

“Tínhamos um grande conselho editorial e na época, Ênio Silveira era o editor. Começamos nos alocando no departamento de cultura da UERJ que fica próximo a sub-reitoria de extensão. Nesse início, fomos devagar, com poucos recursos, saíram nossas primeiras edições e aos poucos fomos crescendo, ampliando, até que passamos a ocupar o espaço onde a editora se encontra até hoje (anexo ao acesso pelo portão 3). A partir daí, ampliou-se o número de publicações e de recursos”, pontua Barbieri, que foi diretor da EdUERJ por 10 anos.

    Com a saída dele no início de 2004, a professora Lúcia Bastos assumiu a direção. Entre os fatos mais marcantes que vivenciou na editora estão a comemoração dos 10 anos de existência, quando o catálogo já tinha um pouco mais de 200 livros e a criação da coleção de livros “Comenius” que se destinava à utilização nas salas de aula da graduação e da pós-graduação, tanto stricto quanto lato sensu. “Era um material para pensar, sendo, fundamentalmente constituído, por obras para educação. Eram livros que tinham uma apresentação bem cuidada e de qualidade, mas que apresentavam simplicidade em um projeto gráfico não oneroso a fim de possibilitar o acesso ao livro a todos os alunos. Especialmente, naquele momento, em virtude da realidade social que era vivenciada pela UERJ com o programa de inclusão de alunos por meio de cotas, aspecto em que a UERJ foi pioneira”, diz a professora, orgulhosa.  

   Quando perguntada sobre o que ela espera para o futuro da EdUERJ, Lúcia é otimista: “Espero que ela continue se expandindo e se aprimorando, produzindo obras de excelente qualidade, como continua acontecendo nos últimos anos, louvando-se a gestão do Prof. Italo. A função de ensinar não se esgota na sala de aula. E é sob esse aspecto que uma editora universitária pode e deve ter também um papel relevante não só estimulando a produção intelectual de docentes, pesquisadores e estudantes, mas também servindo de elo de ligação entre os centros geradores de saber e viabilizando a circulação de ideias novas e criativas”. Já o professor Ivo Barbieri não fala do futuro, mas se mostra muito satisfeito com a situação atual. “A Editora já está mais do que consolidada. É referência em catálogos e seu nível é muito superior ao tempo em que estive à frente. Foi uma grande transformação, cresceu muito”, declara em tom confiante. 

Thaís Araújo

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