
A Fazenda de Santa Cruz foi marcada pelas diferentes
administrações, tendo sido, em sua existência, jesuítica, real e imperial. Cada
fase corresponde a uma parte do livro. Na primeira, aborda a administração
jesuítica; a segunda trata do cotidiano dos escravos que ali trabalhavam; e,
por último, enfoca os administradores do período em que a fazenda esteve sob
tutela governamental, lusa ou brasileira.
O processo de coleta de dados reuniu pesquisadores de
instituições universitárias do Rio (UFRJ, UFF e Universo), assim como oriundos
das federais de Minas Gerais e de Pernambuco (UFMG e UFPE) e da Universidade do
Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul. A pesquisa baseou-se em
documentação referente aos autos de inventários e sequestros da Fazenda em
diferentes anos, entre 1759 e 1801.
Alguns dados históricos podem até remeter o leitor a
casos atuais, demonstrando que determinados problemas da sociedade encontram
raízes em outros tempos. Por exemplo, há um tópico que trata da corrupção no
matadouro da Fazenda nos anos 1800. A narrativa conta, no capítulo dedicado à
administração imperial: “A falta de anotações em livros-caixa era apenas uma
forma de não ter de prestar contas à Câmara e esconder as fraudes, prática
também verificada no matadouro de São Cristóvão”.
Santa
Cruz: de legado dos jesuítas a pérola da coroa
conta uma história que tem políticos, jesuítas, índios, escravos, comerciantes
e trabalhadores como personagens. E um cenário em um dos mais representativos
bairros do município do Rio de Janeiro.
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