Não, de forma alguma!
Esta não é uma despedida, mas um novo começo. Estamos com novo layout, agora integrado ao site da EdUERJ! E vamos manter o nosso ritmo de postagens, continuando a informar a você sobre os livros, autores e outros assuntos que tenham relação com a rotina da Editora da UERJ.
Agradecemos a companhia durante esses quase 3 anos (e cerca de 200 postagens) e o convidamos para continuar nossa parceria em outro lugar, organizado especialmente para você, leitor.
Nosso novo endereço é bem fácil: www.eduerj.uerj.br/blog.
terça-feira, 1 de março de 2016
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
TV EdUERJ lança seu primeiro book trailer
Book trailer do livro Intervenções possíveis no território: práticas em saúde da família no SUS, organizado por Paulo Roberto Volpato Dias, Márcia Maria Pereira Rendeiro e Marcelo Henrique da Costa e editado pela EdUERJ.
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Idealização:
Thayssa Martins
Vídeo designers:
Thiago Netto
Júlio Nogueira
Thiago Netto
Júlio Nogueira
Livro observa talentos múltiplos de Machado de Assis
Cronista, romancista, dramaturgo e poeta, além de um tenaz observador da sociedade brasileira, testemunha da transição do Império para a República. Machado de Assis deixou um legado que intriga, desperta paixões, suscita debates. Estimular reflexões acerca do célebre escritor é uma das metas de Múltiplo Machado: I Colóquio Casa Dirce, livro organizado por João Cezar de Castro Rocha. Além da abordagem multidisciplinar que é conferida a Machado de Assis, outro ponto forte da publicação está no time de renomados especialistas que assinam os textos.
Os capítulos analisam aspectos singulares do autor de Dom Casmurro, sob a égide de uma imprescindível contextualização de regras e história de gêneros literários diversos, como o romance, a poesia e a crônica. Com isso, propõe-se a compreender determinadas características machadianas dentro de um contexto mais amplo e, por definição, comparativo, instigando o debate. Os ensaios tratam da relação de Machado de Assis com o romance (por Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos), a imprensa (por Renato Casimiro), a correspondência (por Sergio Paulo Rouanet), a crítica (por José Luís Jobim), a poesia (por Cláudio Murilo Leal), a crônica (por Marcus Vinicius Nogueira Soares) e o ideário da língua portuguesa (por Evanildo Bechara).
"Múltiplo Machado" é fruto do colóquio de mesmo nome realizado na Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel entre os dias 27 e 30 de abril do ano passado, por ocasião do centenário de nascimento da ilustre professora a quem a casa é dedicada. O evento demonstrou sintonia com o viés da abordagem acadêmica promovida pela professora Dirce Côrtes nos anos oitenta e noventa na Uerj através dos Colóquios Uerj, idealizados e organizados por ela: a partir de uma perspectiva multidisciplinar, promovendo a interação de vários saberes.
O livro mantém a tradição da Editora da Uerj de valorizar Machado de Assis, representada pela publicação de títulos como Machado para jovens leitores, com organização de Ana Cristina Chiara, Antonio Carlos Secchin, Denise Brasil e Ivo Barbieri; O homem encadernado: Machado de Assis na escrita das biografias, de Maria Helena Werneck; Machado de Assis: roteiro da consagração, organizado por Ubiratan Machado; e Tempo e metáfora em Machado de Assis, da própria professora Dirce Côrtes Riedel.
Múltiplo Machado: I Colóquio Casa
Dirce
João Cezar de Castro
Rocha (Orgs.)
ISBN:
978-85-7511-400-1
Nº de Páginas:
174
R$ 35,00
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Livro da EdUERJ em destaque em seminário na Itália
A Embaixada do Brasil em Roma, em parceria com a
Universidade do Estado do Rio de Janeiro e com a Universidade de Roma Tor
Vergata, realiza, no dia 2 de fevereiro, o Seminário Turismo e Território no
Brasil e na Itália.
O evento terá início às 10h30, no Palazzo Pamphilj, na
Embaixada do Brasil, em Piazza Navona 10, Roma.
Durante o seminário haverá o lançamento, na Itália, do livro
Turismo e território no Brasil e na Itália: novas perspectivas, novos desafios,
edição bilíngue publicada pela EdUERJ. A obra resultou de um trabalho em cooperação
entre o Instituto de Geografia da UERJ, por meio de seu Departamento de
Turismo, com a Universidade Tor Vergata (Roma 2).
Os professor Glaucio Marafon (UERJ), também Editor Executivo
da EdUERJ, e Marina Faciolli (Universidade Tor Vergata), responsáveis pela
organização do livro, e o professor Aniello Angelo Avella, (UERJ) autor do prefácio,
participarão do seminário em mesa redonda que conta ainda com Stefano Landi (Università
Luiss Guido Carli ) e Giuseppe Imberdi (Universidade de Roma “La
Sapienza”).
Natureza, cultura, patrimônio e turismo serão temas
abordados pelos participantes, em um evento que celebra as afinidades
culturais, ao mesmo tempo que intensifica a troca de experiências entre os dois
países.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Mais 3 títulos para a EdUERJ Digital
Ano novo com novidades! A EdUERJ vai disponibilizar alguns títulos que estavam esgotados. A primeira leva será já no dia 3 de fevereiro,com três títulos gratuitos na seção EdUERJ Digital. Os livros foram escolhidos
por serem procurados pelo público, mas estarem fora de catálogo. Segue a lista abaixo para você conferir:
Fundamentos de estratigrafia moderna
Jorge C. Della Fávera (autor)
Propõe-se a divulgar e consolidar conhecimentos sobre tema de
enorme importância para a análise de bacias sedimentares e para a prospecção de
hidrocarbonetos. O autor, com experiência prática, tanto como geólogo da
Petrobras como de professor de Estratigrafia da UERJ, organiza as
informações de forma didática, mas com o aprofundamento necessário ao tema
pesquisado. O conteúdo estabelece-se como uma relevante contribuição para a
literatura especializada de Geociências, ainda carente de livros em português.
Fundamentos da microscopia
Luiz Henrique Monteiro Leal (autor)
Livro recomendado para estudantes de cursos cujas atividades
necessitam de microscópio, e para profissionais que utilizam a microscopia em
sua rotina de trabalho. Com esse objetivo, aborda os princípios básicos da
microscopia de luz, da microscopia eletrônica e do processamento de imagens. O
autor observa também a história e o desenvolvimento do microscópico e
apresenta informações sobre equipamentos e técnicas como a microscopia
confocal, a microscopia digital e a microscopia analítica. Para facilitar, há
um glossário com palavras e termos relacionados ao tema.
História das relações internacionais - Teoria e processos
Mônica Leite Lessa
Williams da Silva Gonçalves (organização)
Os capítulos expressam as diferentes pesquisas realizadas
pelos professores do curso de especialização de história das relações
internacionais da UERJ. Reflete sobre as relações com base no interesse
nacional em promover o desenvolvimento, discutindo não só o lugar que o país
ocupa na estrutura do sistema internacional, mas temas como equilíbrio de poder
para manutenção da paz mundial, poder bruto e poder brando, interdependência
complexa, globalização e estabilidade hegemônica.
O site da EdUERJ Digital pode ser acessado pelo link:
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
EdUERJ com novo site!
A Editora da UERJ estreou seu novo site logo no início de
2016. A despeito do endereço permanecer o mesmo, o novo layout agora é mais
responsivo, podendo ser melhor captado por telas de celulares, tablets e outros
dispositivos tecnológicos. Outro atrativo é a ferramenta de busca por palavras
ou termos relacionados a um livro do catálogo. A funcionalidade não existia na
versão anterior do site.
A criação do novo site ficou a cargo dos programadores
visuais André Thiago Netto e Júlio Nogueira. Para André Thiago, a nova homepage
tem a vantagem de ser mais dinâmica, o que facilita a rápida atualização de
conteúdos, trazendo para os usuários informações com mais velocidade. Além
disso, foi concebida para dialogar com o mundo digital representado pelas
diferentes redes sociais. Com um clique o usuário pode compartilhar com outros
internautas, no seu Facebook, Twitter ou Pinterest, algum livro da EdUERJ que tenha
chamado a sua atenção.
Para Júlio Nogueira, essa integração às redes sociais
permitirá que a EdUERJ perceba com maior clareza a reação aos livros
publicados, podendo manter um relacionamento mais dinâmico com o público ou com
leitores em potencial. Ele destaca a facilidade de atualização, uma vez que não
é necessário conhecimento de linguagem html.
Há de se ressaltar que o site anterior cumpriu bem a sua função
e representou dignamente a editora por décadas, só saindo do ar por conta das
novas demandas que vieram com as redes sociais, smartphones e as novas
possibilidades da internet. Heloisa Fortes, programadora visual aposentada da
EdUERJ, foi responsável pelo projeto gráfico do site original. Ela relembrou aqueles
tempos: “Fizemos junto com a equipe da Diretoria de Informática (Dinfo) e também sob os
critérios de uniformidade da Diretoria de Comunicação Social (Comuns), que buscava um padrão comum a todos os
sites da UERJ”. Não foi um processo fácil: “Tudo era novo... a linguagem, os
bancos de dados... demorou um ano até ficar pronto”.
O site que agora entrou no ar, embora com novos recursos, mantém-se
em atualização e está aberto ainda a possíveis melhorias, de acordo com o feedback
proporcionado por leitores, autores e público.
Visitem-nos: www.eduerj.uerj.br
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Livro analisa o viés utilitarista da religião em áreas periféricas
Neste 21 de janeiro – data dedicada, desde 1949, à comemoração do Dia Mundial da Religião –, relembramos o livro Razão para crer: agência cultural no movimento evangélico latino-americano, de David Smilde, editado pela EdUERJ em 2012.
Publicado originalmente em inglês, o título recebeu o Distinguished Book Award, em 2008, da American Sociological Association, na categoria Sociologia da Religião, e foi finalista do Clifford Geertz Book Award, em 2009.
David Smilde inicia o primeiro capítulo com uma provocação: "É possível decidir crer?" E por que nem todos – inclusive entre os que experimentam o mesmo contexto social e problemas similares – o fazem? O autor procura suas respostas recorrendo ao diálogo entre correntes teóricas variadas.
O livro apresenta uma rica etnografia, construída a partir de três anos de observação participativa em áreas de Caracas marcadas por pobreza e violência. A instigante reflexão teórica sobre mudança cultural através da conversão em igrejas pentecostais conduzida por Smilde analisa o viés utilitarista da religião, por oferecer suporte social e outros instrumentos de enfrentamento a situações de risco. Por exemplo, o ambiente religioso desestimula o consumo de álcool e outros entorpecentes – o qual, no contexto da periferia urbana, costuma atingir níveis incapacitantes, exacerbando a pobreza e o conflito familiar.
Embora baseadas em uma pesquisa realizada em Caracas, a discussão e as conclusões apresentadas são pertinentes à realidade de outros países da América Latina, inclusive o Brasil, onde também há proliferação de igrejas pentecostais em áreas violentas e pobres.
A edição brasileira é enriquecida com apêndices, glossário de palavras espanholas, índice remissivo e fotos, coloridas e em alta resolução, feitas pelo autor.
Por Thayssa Martins, graduanda de Letras – Inglês/Literaturas na UERJ e estagiária da EdUERJ.
Publicado originalmente em inglês, o título recebeu o Distinguished Book Award, em 2008, da American Sociological Association, na categoria Sociologia da Religião, e foi finalista do Clifford Geertz Book Award, em 2009.
David Smilde inicia o primeiro capítulo com uma provocação: "É possível decidir crer?" E por que nem todos – inclusive entre os que experimentam o mesmo contexto social e problemas similares – o fazem? O autor procura suas respostas recorrendo ao diálogo entre correntes teóricas variadas.
O livro apresenta uma rica etnografia, construída a partir de três anos de observação participativa em áreas de Caracas marcadas por pobreza e violência. A instigante reflexão teórica sobre mudança cultural através da conversão em igrejas pentecostais conduzida por Smilde analisa o viés utilitarista da religião, por oferecer suporte social e outros instrumentos de enfrentamento a situações de risco. Por exemplo, o ambiente religioso desestimula o consumo de álcool e outros entorpecentes – o qual, no contexto da periferia urbana, costuma atingir níveis incapacitantes, exacerbando a pobreza e o conflito familiar.
Embora baseadas em uma pesquisa realizada em Caracas, a discussão e as conclusões apresentadas são pertinentes à realidade de outros países da América Latina, inclusive o Brasil, onde também há proliferação de igrejas pentecostais em áreas violentas e pobres.
A edição brasileira é enriquecida com apêndices, glossário de palavras espanholas, índice remissivo e fotos, coloridas e em alta resolução, feitas pelo autor.
Por Thayssa Martins, graduanda de Letras – Inglês/Literaturas na UERJ e estagiária da EdUERJ.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
A mulher nos anos 60: uma perspectiva de gênero
Eu tinha examinado e conheço a tese de mestrado de Lia. Como essa mulher cresceu! E como é que ela encontrou espaço e tempo para crescer? Lia mãe; Lia avó; Lia professora; Lia andando mundo afora, em Paris, Portugal; Lia que virou líder das professoras socialistas desse mundo. Lia fez tudo e Lia cresce e Lia estuda e Lia escreve cada vez mais claramente.
Darcy Ribeiro
Em Ideologia
e utopia nos anos 60: um olhar feminino (1997), Lia Faria retoma, de forma
inquietante e questionadora, as profundas mudanças sociais pelas quais as
mulheres passaram na década de sessenta. Reconhecendo o magistério como uma possível
força domesticadora e o viés alienador de novas gerações de sua condição de “tia-professora”,
sob o risco de levar para as salas de aula sua própria submissão histórica, a
autora abre espaço para uma nova mulher, consciente e militante. “Política é
coisa de homem?”, indaga, já no título do primeiro capítulo. Não é.
Ao
perceber que, a partir de seu inventário como educadora e professora de
História, poderia analisar ideologias políticas sob uma perspectiva de gênero,
Lia Faria não foge ao dever para com sua classe (afinal, em uma abordagem
materialista, gênero também é classe) e desconstrói a naturalização das
relações de poder entre sexos, afirmando que masculino e feminino não passam de
criações sociais. Embora alinhada ao socialismo, Lia não poupa da crítica esse
regime econômico: a opressão de gênero se processa nele tanto quanto no
capitalista. E Lia é antes mulher.
Para Lia, ao sair, nos anos sessenta, da esfera privada
familiar e ingressar na pública – através da escolarização, do trabalho ou da
militância política –, a mulher avança em seu processo de emancipação. Esse
processo, porém, não é homogêneo e se realiza principalmente na mulher de
classe média para cima. A oriunda das classes populares, enfrentando opressões
interseccionadas – de classe, de gênero e, muitas vezes, de raça –, não
vivencia o mesmo processo de profissionalização. É talvez reconhecendo, como
boa marxista, sua responsabilidade para com essa mulher periférica e vulnerável
que Lia Faria desconstrói a força alienadora de seu papel de
“tia-professorinha”: é preciso não reproduzir em sala de aula sua própria
domesticação sistemática.
Se, em O
segundo sexo (1949), Simone de Beauvoir estabelece que a construção dos papeis
de gênero da sociedade patriarcal faz do homem “o Sujeito, o Absoluto”, e, da
mulher, “o Outro”, em Ideologia e utopia nos anos 60: um olhar feminino, Lia
Faria subverte a lógica social. Já que, conforme Beauvoir, “Nenhuma
coletividade se define como Uma sem colocar imediatamente a Outra diante de si”,
Lia propõe que a mulher reconheça o homem como o Outro. Repensar o imaginário
social, arquitetado pelo Outro, ou seja, por homens, tornaria mais evidente o
processo de alienação da mulher – um importante passo para resgatar uma
identidade sequestrada.
A
mulher já não é mais "a dócil e casadoura professorinha" dos anos sessenta. Se,
no final da década de noventa, Lia Faria afirmou que o novo estava “no silêncio
rompido pelo grito e pela dor feminina” que invadiam “em cores e a cabo os corações
e mentes”, hoje esse grito ecoa ainda mais alto em high definition pela
grande rede. O grito da mulher derrubará muros. E Lia insiste: comecemos pelos
da escola. Afinal, já é tempo de essa instituição “despertar para a questão de
gênero e incorporá-la às suas preocupações”. Ideologia e utopia nos anos 60: um
olhar feminino traz a abordagem materialista da teoria de gênero para o
contexto brasileiro e é uma leitura indispensável para a professora
contemporânea que deseja construir, a partir de uma revisão histórica, uma atuação em sala
de aula mais política e consciente.
O livro está disponível
gratuitamente para download no site da EdUERJ.
Por Thayssa Martins, graduanda de Letras – Inglês/Literaturas na UERJ e estagiária da EdUERJ.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Em cerimônia, novo diretor da EdUERJ é empossado
Na
quarta-feira, 13 de janeiro, às 10h, realizou-se na Capela Ecumênica da Uerj, a
cerimônia de posse dos novos sub-Reitores, diretores dos Centros Setoriais, do
Hospital Universitário Pedro Ernesto, do Centro de Produção da UERJ, da Rede
Sirius e dos dirigentes da Administração Central
Em sua
fala, novo Reitor eleito, professor Ruy Garcia Marques, prometeu, para o quadriênio que se inicia em 2016, uma
universidade calcada em três alicerces: o diálogo, a transparência e a informação.
Ao término, manifestou o apreço por encontrar a Capela Ecumênica lotada, com a
presença de professores, funcionários e alunos, prova de apoio da comunidade da
Uerj.
Em breve, postaremos aqui mais informações sobre os projetos futuros da EdUERJ.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Livro reafirma pioneirismo de Carl Einstein nos estudos da arte africana
Um livro lançado no final de 2015 que merece destaque pela
seriedade do tema e pela abordagem, que poderá servir como referência para estudos da arte, de
história e até mesmo de disciplinas como antropologia, sociologia e outras.
Trata-se de “Carl Einstein e a arte da África”, organizado por Elena O’Neill e
Roberto Conduru. É o tipo de publicação que funciona como um estatuto de cidadania e um libelo contra antigos estigmas preconceituosos que durante muito tempo foram associados à arte e culturas africanas.
Carl Einstein foi escritor, pesquisador e historiador, assim
como tradutor, editor e ativista político na Europa durantes as primeiras
décadas do século XX. O seu pioneirismo nos estudos da arte pode ser conferido
no lançamento da EdUERJ, que traz os textos produzidos pelo pesquisador sobre
esculturas e objetos africanos e os contrapõem a ensaios de outros estudiosos.
Na primeira parte, o livro, organizado pela uruguaia Elena
O’Neill e pelo brasileiro Roberto Conduru, apresenta uma coletânea de textos de
Carl Einstein que exerceram um papel fundamental na inauguração dos estudos
sobre a arte da África como fato estético. Nesse sentido, o que se percebe, no
material publicado em livros e revistas na Alemanha e na França entre 1915 e
1930, é o esforço empreendido para livrar a arte africana da categoria
preconceituosa de “primitiva” e de incluí-la na história universal da arte com
os atributos que lhe foram negados pela ideologia colonialista veiculada pelo
discurso da missão civilizadora.
A segunda parte do livro é constituída de textos que abordam
o autor e a sua obra, fazendo uma releitura de seus escritos. O artigo de
Roberto Conduru destaca a natureza parcial da obra do crítico alemão e a boa
recepção às suas análises no Brasil, país que recebeu uma parte da população em
foco. O artigo de Elena O’Neill identifica armadilhas na formulação de
conceitos utilizados por Einstein utilizados em diferentes contextos. A
publicação é enriquecida por contribuições de Liliane Meffre, José Gomes Pinto,
Ezio Bassani, Jean-Louis Paudratt e introdução de Kabengele Munanga.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Livro traz práticas em saúde da família no SUS
No Brasil, é relativamente pequeno o número de profissionais
que trilham os caminhos da pós-graduação voltada para a Atenção Primária de
Saúde na Estratégia da Saúde da Família. Apresentar os relatos desses
profissionais é o mérito de “Intervenções possíveis no território – Práticas em
saúde da família no SUS”, lançamento da Editora da UERJ organizado por Paulo
Roberto Volpato Dias, Márcia Maria Pereira Rendeiro e Marcelo Henrique da
Costa.
A proposta da obra é descrever experiências de intervenção em saúde da
família a partir de projetos de conclusão do curso de
especialização de saúde da família da UNA-SUS/UERJ nos últimos anos. O livro
traz também a produção de docentes da faculdade de ciências medicas, enfermagem
e odontologia da Uerj, responsáveis pela coordenação das áreas temáticas.
Os capítulos apresentam vivências que abordam temas como a
formação do enfermeiro; o diálogo entre os saberes e práticas dentro da formação
em saúde da família; a evolução do ensino a distância em odontologia no Brasil;
o estresse ocupacional dos trabalhadores de enfermagem; a violência
intrafamiliar ao idosos e o papel da estratégia saúde de família; além de outros
temas não menos importantes.
Outro aspecto a se destacar é que a publicação remonta à experiência
de construção e implementação da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde
(UNA-SUS/UERJ), projeto do Ministério da Saúde cuja finalidade é atender às
necessidades de capacitação e educação permanente dos trabalhadores do sistema
único de saúde, por meio de desenvolvimento da modalidade de educação a
distância.
A participação da Uerj em projetos como Pró-Saúde e
Telessaúde, assim como sua expertise em educação a distância e em gestão em Saúde
da Família, foram fatores decisivos para que a instituição fosse convidada a ser
parceira do Sistema Único de Saúde. O desafio era enfrentar uma das maiores
dificuldades do SUS: formar e capacitar profissionais de saúde, conforme
descrito nas Diretrizes Curriculares
Nacionais (2002), com as competências necessárias para atuação na Atenção
Primária à Saúde. A implementação da UNA-SUS/UERJ
é tema do capítulo assinado por Paulo Roberto Volpato Dias e Márcia Maria
Pereira Rendeiro.
O livro da EdUERJ aponta nove propostas de intervenção no
território, de caminhos possíveis para a resolução de problemas em diversas
realidades locais e de sua aplicabilidade, que constituem fonte de consulta e
de novas possibilidades de atuação. Indicados para profissionais e estudantes
ligados à área de saúde, trata-se de uma obra que contribui para o debate e
para a circulação de ideias sobre a construção de novas agendas de educação
permanente.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Fotos do lançamento de "Economia: obstáculo epistemológico"
Este é o registro fotográfico do lançamento de "Economia: obstáculo epistemológico - Estudo das raízes políticas e religiosas do imaginário liberal", de Valter Duarte Ferreira Filho.O lançamento ocorreu na terça-feira, 15 de dezembro, na Mini Book Store, livraria que funciona dentro do Museu da República, no Catete. Esse evento fechou 2015. Mas em 2016 tem mais...!
.!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Homenageada pela Flip, Ana Cristina Cesar é tema de livro da EdUERJ
A escolha da poeta Ana Cristina Cesar como homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty de 2016 coincindiu com um dos mais interessantes lançamentos do segundo semestre deste ano. Então acredito que vale a pena falar mais um pouco de "Sereia de papel, acrescentando ao que já havia sido postado anteriormente aqui no Blog . xxxxxxxxxxxxxx
Homenageada
pela Flip de 2016, a poeta Ana Cristina Cesar deixou uma produção
poética que, não só merece a atenção dos amantes do gênero,
como coloca-se como generosa fonte para estudos literários.
Compartilhar reflexões sobre a obra da autora e manter a chama do
debate acerca de sua obra é o grande mérito de “Sereia de papel –
visões de Ana Cristina Cesar”, organizado por Viviana Bosi, Álvaro Faleiros e
Roberto Zular, lançamento da Editora da Uerj.
O
livro diferencia-se de outros por oferecer uma visão multifacetada
de Ana Cristina Cesar. A publicação da EdUERJ, evidencia mais do
que a qualidade da obra de uma poeta, oferece também um olhar
analítico sobre as investidas de Ana Cristina Cesar como crítica
literária, ensaísta ou tradutora.
A
compreensão da proposta poética de Ana C. também é uma maneira de
saber mais sobre os caminhos da poesia contemporânea que se formaram
a partir daquele cenário brasileiro em ebulição dos anos 80. Para
isto, colaboram os ensaios assinados por Viviana Bosi, Annita Costa
Malufe, Roberto Zular, Maurício Salles Vasconcelos, Andréa Catrópa,
Michel Riaudel e Álvaro Faleiros, e a introdução assinada por
Italo Moriconi.
Não
é raro que pessoas decidam estudar os poemas de Ana Cristina Cesar
com intuito de compreender a pessoa cuja sensibilidade e os conflitos
encurtaram a própria vida. A leitura de “A sereia de papel”, no
entanto, mantém a discussão em um tom adequado: afasta-se de
mitificações, detendo-se com sobriedade nos emaranhados propostos
por sua arte. A seriedade dos ensaios valoriza, sobretudo, os
contornos do legado da poeta, incentivando novos estudos e
interpretações.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
EdUERJ lança "Economia: obstáculo epistemológico".
Debater as raízes e conceitos que formam a economia como
disciplina. Esta é a proposta de ”Economia: obstáculo epistemológico – Estudo das
raízes políticas e religiosas do imaginário liberal”, de Valter Duarte Ferreira
Filho. A Editora da Uerj convida para o lançamento no dia 15 de dezembro, às
18h, na Livraria Mini Book Store, no Museu da República (Rua do Catete 153).
Detendo-se mais especificamente na Economia, e de posse da
categoria bachelardiana de obstáculo epistemológico, o autor demonstra que as
raízes políticas e religiosas da Economia são, na verdade um inconsciente
científico sempre presente nos estudos dessa disciplina.
Defendendo uma perspectiva ousada e original, a publicação
sugere um novo olhar sobre o estatuto da Economia, a qual, deixando de lado a preocupação
com a neutralidade, que sempre foi a bandeira de todo saber cientifico, deve incorporar
em seus estudos os componentes políticos e religiosos que, como partes do
inconsciente cientifico dessa disciplina, foram raízes determinantes na sua
constituição
Nos capítulos, fluem de forma espontânea as articulações
entre saberes filosóficos, médicos, da física, matemática, história, sociologia
e religião. A leitura propicia uma experiência e interdisciplinaridade visando a
uma compreensão holística do mundo, o que dessacraliza o lugar apoteótico em
que o saber universitário coloca hoje as especializações do conhecimento.
* Texto baseado em trechos extraídos da contracapa escrita pela professora Marly Bulcão (parágrafos 2 e 3 acima) e no prefácio escrito pela professora
Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros (parágrafo 4).
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Um olhar multidisciplinar sobre a obra de Machado de Assis
A Editora da UERJ lança na quinta-feira, dia 10 de dezembro,
na Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel, “Múltiplo Machado – I Colóquio Casa
Dirce”, livro organizado por João Cezar de Castro Rocha. Além da abordagem multidisciplinar
que é conferida a Machado de Assis, outro motivo de interesse pela publicação
está no time de renomados especialistas que assinam os textos.
Os capítulos analisam aspectos singulares do autor de Dom
Casmurro, sob a égide de uma imprescindível contextualização de regras e história
de gêneros literários diversos, como o romance, a poesia e a crônica. Com isso,
propõe-se a compreender determinadas características machadianas dentro de um
contexto mais amplo e, por definição, comparativo, instigando o debate.
Os ensaios tratam da relação de Machado de Assis com o
romance (por Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos), a imprensa (por Renato
Casimiro), a correspondência (por Sergio Paulo Rouanet), a crítica (por José
Luís Jobim), a poesia (por Cláudio Murilo Leal), a crônica (por Marcus Vinicius
Nogueira Soares) e o ideário da língua portuguesa (por Evanildo Bechara).
"Múltiplo Machado" é fruto do colóquio de mesmo nome realizado
na Casa de Leitura Dirce Côrtes Riedel entre os dias 27 e 30 de abril desse
ano, por ocasião do centenário de nascimento da ilustre professora a quem a casa
é dedicada. O evento esteve em sintonia com a forma como a professora Dirce Côrtes
abordou o legado de Machado de Assis nos anos oitenta e noventa na Uerj: a
partir de uma perspectiva multidisciplinar, promovendo a interação de vários
saberes.
O lançamento de “Múltiplo Machado – I Colóquio Casa Dirce” está
marcado para quinta-feira, 10 de dezembro, às 18h30, na Casa de Leitura Dirce Côrtes
Riedel (na Rua das Palmeiras, 82, em Botafogo).
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
EdUERJ lança Estudos de Psicologia Social
“Estudos de psicologia social: história, comportamento,
representações e memória” reúne uma seleção de artigos produzidos por Celso
Pereira de Sá, no exercício das funções de professor e pesquisador. O livro,
publicação da Editora da UERJ, apresenta 20 estudos que abordam aspectos como a análise do comportamento social, a teoria da representação
social e a memória social em perspectiva psicossocial.
A primeira parte do livro faz uma análise histórica sobre a
psicologia social, assim como procura entender sua relação com outras áreas.
Por fim, almeja à compreensão dos atuais
rumos da disciplina.
Na seção dedicada ao comportamento social, o autor faz uma defesa
do behaviorismo radical de B.F. Skinner, por meio de um confronto com o
cognitivismo de Chomsky e com a posição de Foucault acerca do poder. Em relação à polêmica que ronda Skinner, argumenta que
os membros atuais da comunidade universitária de psicologia parecem “não
conhecer bem, ou interpretar de forma algo simplista, os princípios básicos do
behaviorismo radical e seus importantes desdobramentos e implicações
psicossociais”.
Nos capítulos dedicados à área das representações sociais, é
instigante o debate proposto pelo ensaio “Socialização do conhecimento científico:
mídia e representações sociais”. O texto pode estimular questionamentos sobre
quais as características da cobertura jornalística que se faz a respeito da
ciência, assim como qual o motivo de os cientistas participarem tão pouco dessa
divulgação. Vale citar que foram catalogados, na pesquisa, 11 jornais diários e
13 revistas. Embora trata-se de uma análise efetuada na década de 90, é
pertinente conferir que, afora o fato de diversos veículos jornalísticos
estarem extintos, ainda é predominante hoje em dia o interesse por fatos
científicos cuja característica seja a aplicabilidade no cotidiano. Vale
ressaltar que este capítulo, assim como outros, baseia-se em pesquisa e não
intenta produzir algum tipo de juízo de valor que vá além da análise dos resultados
obtidos.
No âmbito da memória social, o livro traz tópicos como a
diferença nas maneiras como os brasileiros e os portugueses percebem o advento
do descobrimento do Brasil. Outro capítulo se dedica ao lugar na memória que
ocupam Getúlio Vargas e o Palácio do Catete. A memória do período militar também
merece um artigo à parte.
Trata-se de uma obra da área da psicologia, mas que também evoca
aspectos da sociologia e da história do Brasil. O resultado demonstra um
pesquisador em sintonia com o seu tempo.
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