
A Editora da Uerj está completando duas
décadas. O catálogo extenso e os lançamentos que se seguem a cada ano,
contemplando diversas áreas do conhecimento, não deixam dúvidas sobre o sucesso
da iniciativa. O Logotipo, a coruja, hoje é garantia de uma publicação de
qualidade.
Mas, embora o presente da editora seja
radiante, seus primeiros anos foram marcados por dificuldades e pela falta de
recursos como conta o professor e ex-reitor, Ivo Barbieri, que participou
da fundação em 1994.
“Tínhamos um grande conselho editorial e na época, Ênio
Silveira era o editor. Começamos nos alocando no departamento de cultura da
UERJ que fica próximo a sub-reitoria de extensão. Nesse início, fomos devagar,
com poucos recursos, saíram nossas primeiras edições e aos poucos fomos
crescendo, ampliando, até que passamos a ocupar o espaço onde a editora se
encontra até hoje (anexo ao acesso pelo portão 3). A partir daí, ampliou-se o
número de publicações e de recursos”, pontua Barbieri, que foi diretor da
EdUERJ por 10 anos.
Com a saída dele no início de 2004,
a professora Lúcia Bastos assumiu a direção. Entre os fatos mais marcantes
que vivenciou na editora estão a comemoração dos 10 anos de existência,
quando o catálogo já tinha um pouco mais de 200 livros e a criação da coleção
de livros “Comenius” que se destinava à utilização nas salas de aula da
graduação e da pós-graduação, tanto stricto quanto lato sensu. “Era um material
para pensar, sendo, fundamentalmente constituído, por obras para educação. Eram
livros que tinham uma apresentação bem cuidada e de qualidade, mas que
apresentavam simplicidade em um projeto gráfico não oneroso a fim de
possibilitar o acesso ao livro a todos os alunos. Especialmente, naquele
momento, em virtude da realidade social que era vivenciada pela UERJ com o
programa de inclusão de alunos por meio de cotas, aspecto em que a UERJ foi
pioneira”, diz a professora, orgulhosa.
Quando perguntada sobre o que ela espera para o
futuro da EdUERJ, Lúcia é otimista: “Espero que ela continue se expandindo e se
aprimorando, produzindo obras de excelente qualidade, como continua
acontecendo nos últimos anos, louvando-se a gestão do Prof. Italo. A função de
ensinar não se esgota na sala de aula. E é sob esse aspecto que uma editora
universitária pode e deve ter também um papel relevante não só estimulando a
produção intelectual de docentes, pesquisadores e estudantes, mas também
servindo de elo de ligação entre os centros geradores de saber e
viabilizando a circulação de ideias novas e criativas”. Já o professor Ivo
Barbieri não fala do futuro, mas se mostra muito satisfeito com a situação
atual. “A Editora já está mais do que consolidada. É referência em catálogos e
seu nível é muito superior ao tempo em que estive à frente. Foi uma grande
transformação, cresceu muito”, declara em tom confiante.
Thaís Araújo