sexta-feira, 25 de abril de 2014

Livro discute identidade e futebol (RELEASE OFICIAL)

Qual o papel do futebol na autoimagem do brasileiro? Desde quando se atribui à seleção brasileira a missão de “defesa da honra nacional”? Por que se aprende desde criança que o Brasil é “o país do futebol”?
Investigar qualidades supostamente inatas do Brasil não seria possível sem analisar os momentos em que a Seleção Brasileira consolidou-se como paixão comum de todas as classes sociais. Esse olhar crítico é a proposta de Copas do Mundo: comunicação e identidade cultural no país do futebol, organizado pelos professores Ronaldo Helal e Alvaro do Cabo.

O lançamento da EdUERJ reúne 15 pesquisadores que apresentam ensaios sobre nove Copas do Mundo e uma Copa das Confederações, eventos selecionados principalmente pelo critério da dimensão simbólica de seus resultados na imprensa e na sociedade brasileira. Cada capítulo enfoca um período importante de nossa memória esportiva, incluindo, claro, a derrota espetacular na Copa de 1950 e as cinco Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil.
Ao analisar diferentes recortes temporais, o livro também trata do legado de cronistas como João Saldanha, Armando Nogueira, Nelson Rodrigues e ainda Gilberto Freyre. Este, com a crônica “Foot-ball mulato” – publicada dois dias antes da final da Copa de 1938 –, tornou-se o primeiro intelectual a relacionar o estilo de jogar da seleção brasileira aos traços culturais nacionais.
Copas do Mundo: comunicação e identidade cultural no país do futebol oferece uma viagem no tempo e uma reflexão sobre nossa memória. Recomendado para os estudiosos de comunicação, sociologia ou história. E para todos que desejam entender o futebol além das quatro linhas.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Perdemos Ernesto Laclau

Morreu neste domingo, 13 de abril, um dos grandes teóricos políticos da atualidade: Ernesto Laclau. Em 2011, a EdUERJ teve a honra de publicar o seu clássico Emancipação e diferença, graças à iniciativa da professora Alice Casimiro, da Faculdade de Educação.

Para o professor Italo Moriconi, editor executivo da EdUERJ, Laclau teve o mérito de combinar a herança do marxismo gramsciano com as teorias radicais contemporâneas da "diferença", desenvolvendo uma perspectiva progressista e democrática frutífera para pensar as condições contemporâneas.






Mais informações sobre o falecimento de Laclau podem ser encontrados no link abaixo:

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/04/1440261-morre-aos-78-o-argentino-ernesto-laclau-ideologo-do-governo-kirchner.shtml

Resenha de Emancipação e Diferença:

http://revistaestudospoliticos.com/wp-content/uploads/2012/04/4p130-135.pdf

Entrevista com Laclau (com citação ao livro Emancipação e diferença):

http://ligajus.blogspot.com.br/2013/12/entrevista-ernesto-laclau.html

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Lançamento do Livro no dia 10 de abril.




Lançamento do livro organizado pelas professoras Rosana Glat e Márcia Denise Pletsch. Abaixo, o resumo de "Estratégias Educacionais Diferenciadas para alunos com necessidades especiais" que está no site da EdUERJ.

"Reflete sobre aspectos teóricos e práticos no campo da educação inclusiva. Os capítulos abordam principalmente a utilização e a aplicabilidade do Plano Educacional Individualizado (PEI), instrumento empregado inicialmente em redes escolares na Europa e nos Estados Unidos, com a finalidade de promover o desenvolvimento e a ambientação de alunos que necessitem de cuidados especiais. Entre os temas abordados, estão estratégias pedagógicas de inclusão, como o ensino colaborativo e a aprendizagem mediada, e a atuação da escola como parceira no processo de integração do aluno com deficiência ao mercado de trabalho".


A postagem anterior é uma entrevista com a professora Rosana Glat, abordando os temas do livro.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Entrevista: Professora Rosana Glat

A Editora da Uerj acaba de lançar “Estratégias educacionais diferenciadas para alunos com necessidades especiais”, com organização de Rosana Glat e Márcia Denise Pletsch. Professora e Diretora da Faculdade de Educação da Uerj, Rosana Glat conversou com o nosso blog sobre este lançamento.

Gostaria que falasse para o leitor do Blog sobre o livro “Estratégias diferenciadas ...”. Quais são os temas abordados?

Este livro é o resultado de uma série de pesquisas desenvolvidas pelo Programa de Pós-graduação da Uerj, o Proped. Os artigos abordam estratégias diferenciadas para a aprendizagem e a inclusão de pessoas com deficiências e outras necessidades especiais.
Alguns assuntos do livro:  Plano educacional individualizado (PEI), ensino colaborativo, comunicação alternativa...Não discutimos somente sobre a escola, também sobre a inserção no mercado de trabalho, habilidades sociais e formação de professores, etc.
Como surgiu a ideia de publicar o livro?

Esta publicação é uma das ações do Projeto Formação inicial e continuada de professores comprometidos com a inclusão educacional do aluno com deficiência: do ensino fundamental à universidade”, agraciado pelo Programa de Apoio à Educação Especial da CAPES (PROESP/CAPES), sob coordenação geral da Profª. Drª Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes, uma das autoras do livro. É um projeto de quatro anos, que, além de publicações, promove seminários, e também financia bolsas de mestrado e doutorado. Na hora de publicar, a EdUERJ tornou-se uma opção por ser a editora da casa. Vale ressaltar que todos os autores são professores, alunos ou ex-alunos da pós-graduação ou bolsistas de iniciação científica da Uerj.

 Falando sobre o tema, qual seria a principal dificuldade na implementação de estratégias educacionais inclusivas?

A primeira dificuldade é a de adquirir a compreensão de que alunos com necessidades educacionais especiais precisam destas estratégias, não podendo acompanhar as aulas de qualquer jeito. Precisam de uma atenção diferenciada. Estas estratégias significam técnicas de ensino e aprendizagem, adaptação dos recursos disponíveis e do próprio currículo, assim como uma capacitação de professores. O nosso livro enfatiza muito o suporte da educação especial, sobretudo o trabalho colaborativo com os professores da turma comum. É preciso trabalhar junto o profissional de suporte, por exemplo, mediador ou professor da sala de recursos e o professor regente. Este não pode deixar de ser professor do aluno, ou seja, não pode simplesmente entregar o trabalho para o especialista ou mediador.
Também é preciso frisar que a inclusão em uma classe comum nem sempre é a melhor opção para todos os alunos. A tendência à generalização é complicada. Alguns alunos podem se desenvolver melhor em ambientes mais estruturados, como por exemplo, em classes especiais – desde que essas, de fato, promovam sua aprendizagem e futura inclusão.

Nesse aspecto, você acha que precisamos evoluir muito em relação aos países mais desenvolvidos?

A evolução não é em termos de legislação, que é muito boa, mas na implementação das políticas.
Nos EUA existe um plano de longo e médio prazo para cada estudante, o Plano de Educação Individualizada (PEI). Este plano é elaborado por uma equipe da escola que inclui os pais, dependendo da faixa etária, o próprio aluno, e outros profissionais que o atendem, por exemplo, psicólogo, fonoaudiólogo, etc. O PEI é feito todos anos, analisando o que é mais importante para o aluno, adaptando currículo de acordo com sua realidade. O PEI é útil não só em casos de deficiência, mas por exemplo, também com alunos com altas habilidades.

Imagino que seja mais fácil para um aluno portador de necessidades especiais ser educado em uma escola onde o ensino seja ministrado com mais zelo.  E nem sempre um ensino de qualidade é acessível. Está correto pensar assim?

Não necessariamente.  Hoje o município do Rio possui algumas escolas que são melhores para matricular uma pessoa com deficiência do que escolas particulares.

Para terminar, professora, a quem você recomenda o livro “Estratégias educacionais diferenciadas para alunos com necessidades especiais”?

O livro é voltado para pesquisadores e estudantes de graduação e pós graduação, em pedagogia, psicologia, e outras licenciaturas. Mas é indicado não só para aqueles que circulam na academia, mas para professores e demais profissionais da saúde e educação.

O Blog da Editora da Uerj agradece a sua entrevista!